sábado, 21 de abril de 2012

"Conhecendo" o AUTISMO!

Olá queridos leitores!!!

Esse post foi sugestão de uma leitora e gostei muito, pois o autismo ainda é "pouco conhecido" e seu Dia Mundial foi recentemente comemorado, dia 2 de abril.
O Autismo atinge em média 1 em cada 150 recém-nascidos nos EUA. No Brasil, não encontrei dados fidedignos, pois essa pesquisa ainda está em andamento, além disso nem todos os autistas são diagnosticados (desconhecimento dos profissionais). Antigamente, acreditavam que filhos de pais esquizofrênicos tinham maior chance de desenvolverem autismo, mas essa hipótese já foi descartada! A hipótese atual é que essa doença combine causas genéticas e ambientais, não totalmente esclarecidas.

Crianças com autismo apresentam alguns traços marcantes em seu comportamento antes dos 3 anos de idade, como: ausência de contato visual, dificuldade de compreender emoções alheias e expressar os próprios sentimentos. Elas vivem no mundo delas e preferem ficar isoladas, pela dificuldade de inciar, manter e terminar adequadamente uma conversa ou brincadeira com os outros amiguinhos.

Na tabela abaixo, estão as principais características do autismo, sendo que essas variam de leve a grave e de intensidade de sintoma para sintoma. Essas características não determinam o diagnóstico de autismo, para isso é necessário o acompanhamento de um profissional capacitado (psicólogo ou psiquiatra).

O diagnóstico é clínico e como citei anteriormente, realizado por profissionais capacitados que analisam o comportamento e a clínica desses pacientes. O diagnóstico e tratamento precoce contribuem para o melhor desenvolvimento das habilidades sociais. No entanto, este tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar preparada, que auxilie no desenvolvimento das habilidades necessárias por cada paciente. É importante que  a família também receba acompanhamento psicológico para aprender a lidar com o autismo.


Encontrei um estudo bem interessante na Revista "Mente Cérebro" de janeiro de 2012, no qual pesquisadores da Universidade da Califórnia identificaram dois marcadores biológicos do distúrbio, assim apontando um novo caminho para estudar sua origem: Autistas têm cerebro mais pesado e com maior número de neurônios na região do córtex pré-frontal, que está relacionada às habilidades cognitivas, comunicativas e de interação social. Além, disso o neurocientista desse estudo Eric Courchersne afirma que: "Futuros estudos com uma amostra maior de tecidos poderão revelar relações importantes entre contagem de neurônios e a severidade dos sintomas".


Nós, profissionais da área da saúde, devemos saber identificar as características do autismo para, pelo menos, conduzir esse paciente para um especialista, orientar a família e não deixá-lo passar despercebido, pois quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento melhor será o desenvolvimento dessa criança. Nos últimos anos, aumentaram os estudos sobre autismo, desde a etiologia até a melhor forma de tratamento, assim acredito que teremos muitas novidades nos próximos anos. Vamos ficar de olho... Até mais :)

P.S. Neste blog http://autismobemvindoaomeumundo.blogspot.com.br/ você encontrará relatos da mãe de um rapaz com autismo, muito bom!

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