quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dia Nacional de Combate à Hipertensão: Por que ser "12 por 8"?

Olá queridos leitores!

Hoje é o Dia Nacional de Combate à Hipertensão... Muitos já estão "carecas" de saber sobre o assunto, tanto porque na clínica médica é um dos temas de maior destaque pela sua importância e frequência entre os brasileiros. Muitos pacientes não se preocupam como deveriam, pelo fato da hipertensão ser assintomática ou oligossintomática, exceto nas complicações e durante a crise hipertensiva.

Os principais fatores de risco para a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) são:
  • Paciente acima de 40 anos, porém é mais frequente após os 65 anos;
  • 2x mais prevalente em indivíduos da cor não-branca;
  • Excesso de peso e obesidade;
  • Ingestão excessiva de sal (comum nos brasileiros);
  • Elevada ingestão de álcool por períodos prolongados;
  • Sedentarismo;
  • Fatores genéticos;
Vocês sabiam que em 2001 cerca de 7,6 milhões de mortes no mundo foram atribuídas à elevação da pressão arterial?! Destes, 54% por AVE (acidente vascular encefálico) e 46% por doença isquêmica do coração, como Infarto Agudo do Miocardio (IAM). Outra consequência grave da HAS é lesão renal, que causa Insuficiênica Renal e Nefropatia Hipertensiva, assim comprometendo qualidade de vida desse paciente, pela necessidade de diálise. Estes podem ser bons argumentos para convencermos os pacientes sobre a importância da adesão ao tratamento.


Garanto que você já atendeu ou soube de algum paciente que apresentou complicações da HAS. Eu mesma vi 5 pacientes que chegaram no Pronto Socorro com AVE,em um pequeno intervalo de tempo, todos estes cinco eram homens acima de 45 anos e não usavam corretamente o anti-hipertensivo. Acredito que também não faziam o tratamento não-medicamentoso (Controle de peso, alimentação saudável, redução no consumo de sal, atividade física, cessar tabagismo, controle do estresse...).

Então, precisamos orientar nossos pacientes sobre a importância de ser "12 por 8" e dos riscos da HAS, pois muitos não tem conhecimento sobre as complicações e não aderem as medidas não-medicamentosas (acham que usar o medicamento já é o suficiente), que são fundamentais para o sucesso no tratamento, além de melhorar a qualidade de vida.

Se desejar saber mais sobre o assunto, aqui está a VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão.



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