Oi pessoal!
Ultimamente, trago tudo que encontro sobre nossa área para vocês e hoje li por acaso algumas lições que Dr. Drauzio Varella aprendeu em seus 40 anos de atividade clínica. Ele teve a idéia de resumí-las quando foi convidado pelo diretor Wolf Maya, no ano passado, para fazer uma pequena palestra para atrizes e atores que interpretavam papéis de estudantes de medicina numa cena da novela das oito. Achei interessante, afinal sempre é bom escutar as dicas de um médico tão admirado e respeitado, então vamos as lições...
1) Tenham sempre em mente que encontrarão mais dificuldade para receber os cuidados de vocês, justamente as pessoas que mais necessitarão deles. O médico deve lutar por condições dignas de trabalho e por remuneração condizente com as exigências do exercício profissional, mas sem esquecer de cobrar da sociedade o acesso universal dos brasileiros ao sistema de saúde.
Então, gostaram? Achei muito legal ele destacar a importância do médico humanista, que escuta, dá atenção e tenta entrar em sintonia com o paciente para poder ajudá-lo, aliás muitos pacientes reclamam da falta disto nos dias de hoje. Concordo que medicina é para quem gosta muito e para quem pretende estudar a vida inteira, afinal trabalhar com pacientes durante horas (às vezes até sem dormir...) com a cara fechada não combina de jeito nenhum, e buscar conhecimento sobre os novos casos que surgem é fundamental para o sucesso no diagnóstico e terapêutico. Até mais :)
2) É fundamental ouvir as queixas dos doentes. Sem escutá-las com atenção, como descobrir o mal que os aflige? Embora as características do atendimento em ambulatórios, hospitais e unidades de saúde criem restrições de tempo, cabe a nós exigir para cada consulta a duração mínima que nos permita recolher as informações imprescindíveis. Com a prática vocês verão que ficará mais fácil.
3) Medicina se faz com as mãos. Os exames laboratoriais e as imagens radiológicas ajudam bastante, mas não substituem o exame físico. Não culpem a falta de tempo nem tenham preguiça, em cinco minutos é possível fazer um exame físico razoável. Tocar o corpo do outro faz parte dos fundamentos de nossa profissão.
4) Procurem colocar-se na pele da pessoa enferma. Quanto mais empatia houver, mais fácil será compreender suas angústias, seus desejos e seu modo de encarar a vida.
5) Medicina é profissão para quem gosta muito. Exige do estudante bem mais do que as outras: seis anos de graduação, dos quais os dois últimos são dedicados ao internato, que não por acaso recebeu esse nome. Se vocês escolheram segui-la apenas em busca de reconhecimento social ou recompensa financeira, estão no caminho errado, existem opções menos sacrificadoras e bem mais vantajosas.
6) Medicina é para quem pretende estudar a vida inteira. É para gente curiosa que tem fascínio pelo funcionamento do corpo humano e quer aprender como ele reage às diversas circunstâncias que se apresentam. O médico que não estuda é mais do que irresponsável, coloca em risco a vida alheia.
7) Finalmente, para que foi criada a medicina? Qual a função desse ofício que resiste à passagem dos séculos? Embora a arte de curar encante os jovens e encha de prazer os mais experientes, não é esse o papel mais importante do médico. É interminável a lista de doenças que não sabemos curar. A finalidade primordial de nossa profissão é aliviar o sofrimento humano.
Então, gostaram? Achei muito legal ele destacar a importância do médico humanista, que escuta, dá atenção e tenta entrar em sintonia com o paciente para poder ajudá-lo, aliás muitos pacientes reclamam da falta disto nos dias de hoje. Concordo que medicina é para quem gosta muito e para quem pretende estudar a vida inteira, afinal trabalhar com pacientes durante horas (às vezes até sem dormir...) com a cara fechada não combina de jeito nenhum, e buscar conhecimento sobre os novos casos que surgem é fundamental para o sucesso no diagnóstico e terapêutico. Até mais :)
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