domingo, 26 de fevereiro de 2012

No Pronto Socorro... Caso de Cetoacidose Diabética!


Olá pessoal!


Essa semana foi minha primeira aula no Pronto Socorro, sem muita emoção (Ufaaa!), mas vi um caso interessante de Cetoacidose Diabética, que apesar de já ter estudado sobre o assunto na Clínica Médica, nunca tinha visto. Tive um contato rápido com a paciente, então vou relatar o caso superficialmente para vocês.

A paciente é jovem, 20 anos, diabética insulino-dependente, deu entrada no dia anterior no P.S. com dispnéia intensa, hálito cetônico e desorientada, com pH= 7,02 (Normal =7,35-7,45), pO2=98%, Fr 44irpm (taquipnéica), glicemia 530g/dL. No dia seguinte (dia que a vi) os sintomas estavam mais estáveis, com pH= 7,29, pO2 = 89%, Fr 23irpm. A medida terapêutica foi hidratação, insulina NPH e Regular. 

Detalhe!!! Essa é a terceira vez que ela recebe atendimento no P.S. com esse quadro em 2 meses, sendo que ela recebeu alta há 2 dias e retornou ontem. Ela disse que estava se sentindo fraca e sua mãe fez um escaldado com fubá para ela depois que chegou em casa (fubá = carboidrato, ou seja elevação da glicemia), no outro dia, sentiu muita falta de ar (dispnéia) e voltou desacordada para o P.S. Ela disse que as vezes esquece de aplicar a insulina e não consegue fazer dieta. Apresenta rotineiramente polifagia (muita fome), polidipsia (muita sede) e poliúria (urina muito), que são sinais de descompensação diabética.

No caso dela, que não sabe a gravidade do caso, a importância da dieta e da aplicação correta da insulina, acredito que uma atenção primária à saúde (ambulatório, PSF) ajudaria muito, com orientações sobre o tratamento e acompanhamento médico regularmente, até mesmo para adequar a dosagem de insulina necessária. A família também precisa ser orientada para poder ajudá-la. Vale ressaltar que pacientes diabéticos podem descompensar por outros motivos, como infecção por exemplo.

Um comentário:

  1. Muito bom Vanessa...Estive com essa paciente quando ela tinha acabado de chegar no PS, na quinta feira
    Bom rever um caso de DMT1 mesmo!
    Felipe Augusto Dias

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