segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Trabalho de Parto Prematuro!

Olá queridos leitores!


O Trabalho de Parto Prematuro(TPP) se instala entre a 20ª semana e 37ª semana incompleta de gestação. Lembrando que o parto antes da 20ª semana de gestação é considerado abortamento e após a 37ª semana completa é uma gestação a termo. 

O TPP pode ocorrer espontâneamente em torno de 10% de todas gestações e apresenta grande importância clínica pela alta taxa de morbimortalidade perinatal.


Quanto a fisiopatologia, o TPP é um evento multifatorial, onde envolve liberação de citocinas inflamatórias (IL1, IL6, IL8 e Fator de Necrose Tumoral), hormônios hipotalâmicos e adrenais (ocitocina, cortisol e hormônio liberador de corticotropina), produção de estrógenos placentários, liberação de prostaglandinas, proteases e formação de trombina. Enfim, os mesmos mecanismos do trabalho de parto a termo, mas prematuramente.

Principais causas:
  • Amniorrexe prematura (30% dos casos).
  • Infecções.
  • Malformação uterina.
  • Incompetência Istmocervical.
  • Gestação de alto risco.
  • Sobredistensão uterina (macrossomia, polidrâmnio e gestação múltipla).
  • Placenta Prévia.
  • Descolamento Prematuro de Placenta.
  • Iatrogenia. 
É imprescindível observar na anamnese a idade, raça (negra), condição sócio-econômica, hábitos de vida da paciente, como tabagismo, alcoolismo e uso de drogas ilícitas e, um detalhe importante é a tendência a se repetir, ou seja, TPP prévio é um fator de risco considerável.


O diagnóstico é clínico na presença de contrações uterinas ritmicas e efetivas acompanhadas de esvaecimento e/ou dilatação cervical ao toque. Existem alguns marcadores encontrados no TPP, como colo curto (menor que 25 mm) ao ultrassom transvaginal entre a 18ª e 24ª semana de gestação e presença de fibronectina fetal no fundo-de-saco posterior entre a 24ª e 35ª semana.

A conduta deve ser avaliada caso à caso e conforme a rotina do serviço. A tocólise pode ser realizada se feto vivo, dilatação do colo até 4 cm e bolsa íntegra. O uso de corticóide também é indicado entre a 24ª até 34ª semana para acelerar a maturidade pulmonar fetal.


Portanto, ao conhecer os fatores de riscos da paciente, vale à pena atuar sobre eles de forma preventiva, assim, orientar o repouso relativo para atividades físicas, desestimular hábitos nocivos, tratar prontamente as infecções, realizar circlagem ou cerclagem nas incompetências istmocervicais, se indicado e prescrever progesterona via vaginal, se for o caso. Quanto às pacientes é fundamental fazer o acompanhamento pré-natal corretamente e cuidar-se conforme orientação médica.

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