Olá queridos leitores!
Vocês já ouviram falar em Fasceíte Necrosante ou Síndrome de Fournier? A primeira vez que ouvi falar sobre o assunto foi no seriado Grey´s Anatomy, durante minha maratona nas férias, eles se referiam a essa doença como "bactérias comedoras de carne"... A segunda vez que ouvi falar, foi no mês pasado, quando me falaram sobre uma paciente que foi internada com este diagnóstico aqui em Cuiabá. Assim, por se tratar de uma emergência médico-cirúrgica, achei interessante discutir com vocês...
A Síndrome de Fournier é uma grave infecção polimicrobiana causada por organismos aeróbios (Estreptococos, Estafilococos, Enterococos...) e anaeróbios, de início agudo e rápida evolução, podendo até mesmo causar Sepse e está associada a elevada mortalidade. Acomete a região genital e perineal, sendo mais frequente em homens do que em mulheres. Também já vi "fasceíte necrosante" em outras regiões do corpo, como na perna.
Os fatores predisponentes são infecções anorretais, infecção do trato urogenital, lesões de pele na região genital, períneal e anal e, imunossupressão como em pacientes HIV positivo, com Lúpus Eritematoso Sistêmico e Leucemias. Algumas comorbidades também estão associadas como Diabetes mellitus, Cirrose, Doenças Malignas e Obesidade mórbida.
Os fatores predisponentes são infecções anorretais, infecção do trato urogenital, lesões de pele na região genital, períneal e anal e, imunossupressão como em pacientes HIV positivo, com Lúpus Eritematoso Sistêmico e Leucemias. Algumas comorbidades também estão associadas como Diabetes mellitus, Cirrose, Doenças Malignas e Obesidade mórbida.
A apresentação clínica inicia com sinais pródromos, como febre e fraqueza, por 2 a 7 dias. Evolui com dor genital intensa e edema local, ocorre surgimento de eritema (vermelhidão), escurecimento da pele e creptação subcutânea, gerando gangrena da genitália e drenagem purulenta, podendo até mesmo apresentar sintomas sistêmicos, como sepse. O diagnóstico pode ser feito através da anamnese, exame físico, exames laboratoriais e de imagens, além do histopatológico.
Como eu disse, é considerada uma emergência médico-cirúrgica, então quanto mais rápido fizermos a intervenção cirúrgica menor a taxa de mortalidade e menor agressão local. Encontrei literaturas relatando que é determinante para a sobrevida do paciente o início da intervenção cirúrgica em até 4 dias após o aparecimento da lesão.
O tratamento consiste em administração endovenosa de antibióticos de amplo espectro e desbridamento cirúrgico agressivo de todo o tecido necrótico, sendo esse último fundamental, ou seja, essa síndrome não é controlada apenas com antibióticos. O tecido infectado desbridado deve ser levado para cultura e biópsia.
Infelizmente não sei detalhes daquele caso que citei anteriormente, mas se tratava de uma paciente jovem, em bom estado geral, que notou uma lesão súbita próxima a genitália e por perceber a rápida alteração da lesão procurou o médico. Ela foi diagnósticada e internada rapidamente para o tratamento, no qual apresentou boa resposta, já recebeu alta hospitalar e mantém os cuidados em domicílio.
Pessoal, fiquem à vontade para comentar mais sobre o assunto e até mesmo relatar alguma experiência referente à essa Síndrome. Até mais...
Apareceu um paciente com Sind. Fournier na sala de sutura durante as nossas práticas de urgência com o Dionisio e o Paulo. Era um homem de uns 30 e poucos anos, mas não sei qual foi a evolução do quadro dele.
ResponderExcluirOi Carlos! Foi bom você comentar, pois tive aula com o Dr. Paulo hoje e perguntei sobre o assunto. Para minha surpresa, ele falou que atende no Pronto Socorro frequentemente pacientes com a Sd. de Fournier e que eles constumam apresentar boa evolução clínica, pois são tratados imediatamente, assim raramente apresentam sepse.
ResponderExcluirque bom, pq parece ser tão terrível rsrs.
ResponderExcluirOlá a todos, Eu sou de Portugal e a minha irmã tem um problema grave já á cerca de 2 anos. Os sintomas são muito semelhantes no entanto já se arrasta há muito tempo. Há um mês atrás retirou o peito (mastectomia) e mesmo assim não resultou. Agora está a aparecer também no peito direito. os médicos estão muito confusos e~não sabem bem como fazer. O certo que a minha irmã continua a perder carne. Ela está internada á 6 meses com antibióticos intravenosos mas não se reconhecem melhoras.
ResponderExcluirSe tiverem conhecimento de alguém que possa ajudar agradeço.
Por favor enviem resposta para: silvia04moura@gmail.com
Obrigada a todos.
senhor meu deus, esperança para os sofredores desta terrível enfermidade! esperança para os inocentes que desenvolvem silenciosamente este terrível mal! AMÉM!
ResponderExcluirOlá bom dia numa sala de cirurgia e considerado contaminado,? Profissionais ainda tem medo de contágio procede o medo?
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